36 anos dedicados à Medicina Veterinária

A importância da vacinação para o seu gato e doenças mais comuns

 É muito importante para a saúde do seu gato que todas as vacinas estejam em dia.
Por isso hoje vamos comentar das doenças mais comuns no inverno e das vacinas mais importantes para o seu gato.

 

Vamos falar agora das principais vacinas para nossos amigos felinos.

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São elas:

 A antirrábica e as polivalentes, que são divididas em três tipos distintos:

  • Tríplice (V3): A tríplice protege o gato da calicivirose, rinotraqueíte e da Panleucopenia.
  • Quádrupla (V4): A quádrupla inclui proteção contra a Clamidiose, além das já cobertas pela V3.
  • Quíntupla (V5): A quíntupla inclui todas as anteriores, além de defesa contra a leucemia.

    Pode parecer tentador vacinar seu gatinho com a quíntupla, buscando uma proteção completa, porém essa vacina só é recomendada para gatos que possuem predisposição à leucemia.

    As diferenças entre as vacinas polivalentes estão na quantia de antídotos presentes, bem como na relação das doenças que combatem.
  • Já a vacina antirrábica protege seu felino contra o vírus da raiva, que pode ser transmitido por uma variedade de mamíferos, como macacos, morcegos, etc…

Doenças mais comuns no inverno

Gripe felina

A gripe felina é a doença mais comum nos gatos durante o tempo mais frio, especialmente em gatos de exterior, mas também pode afetar gatos que apenas vivem no interior de uma casa.

É causada por um conjunto de vírus e bactérias, entre os quais o herpesvírus, calicivírus, Chlamydophila felis e Bordetella.

O clima seco e frio de inverno favorece o desenvolvimentos destes microorganismos, e portanto é necessário um cuidado acrescido. A transmissão ocorre por via aerógena, ou seja, através das partículas infecciosas suspensas no ar devido aos espirros e tosse. É uma doença altamente contagiosa e a exposição a diferenças de temperatura pode fragilizar os animais, tornando-os mais suscetíveis a estas infecções.

Os sintomas são comuns à gripe nas pessoas, surgindo espirros, tosse, dificuldades respiratória, secreção nasal e ocular e nos gatos pode também surgir conjuntivite, ou seja, inflamação da conjuntiva nos olhos.

Pneumonia

A pneumonia pode surgir devido a uma gripe não tratada ou em animais jovens ou imunodeprimidos, cujo sistema imunitária está fragilizado.

Apesar da gripe felina ser um problema que afeta as vias respiratórias superior e por normal, em gatos adultos saudáveis é de fácil tratamento, pode evoluir, em algumas circunstancias para infecções respiratórias mais severas como pneumonia.

Um gato com pneumonia, para além dos sintomas de gripe, pode ter febre, não ter apetite (anorexia), estar prostrado e letárgico. Pode apresentar graves dificuldades respiratórias e levar à morte.

Hipotermia

A hipotermia carateriza-se pela baixa de temperatura corporal abaixo dos 35ºC, uma vez que a temperatura normal dos gatos é entre 38 a 39ºC com variações de 0,5ºC. Não é normal gatos adultos saudáveis sofrerem de hipotermia, mesmo com temperaturas baixas, pois o seu organismo, por norma, consegue manter a homeostasia, ou seja, regular a temperatura corporal.

A hipotermia ocorre quando existe falha desse mecanismo, ou então as condições às quais os animais estão expostos são demasiado extremas. É por isso, que durante o inverno, os gatos devem ser mantidos no interior, limitando o acesso ao exterior ao máximo possível, devido às temperaturas baixas no exterior e diferenças de temperatura que possam ocorrer.

Existem gatos que são considerados grupos de risco considerando que são mais sensíveis a temperaturas baixas, como gatos:

  • Doentes
  • Caquéticos, ou com baixas reservas corporais
  • Pequenos, eu ainda não são capazes de regular a sua temperatura corporal
  • Com disfunções na tiroide
  • Com hipoglicemia ou com baixas reservas de açúcar no sangue

Um gato hipotérmico pode ficar inconsciente, sofrer de alterações cardíacas e respiratórias, tremores, mucosas pálidas, pupilas dilatas e fixas. Este arrefecimento do organismo pode também levar a lesões internas nos órgãos mesmo que o animal recupere pode ficar com sequelas. Em casos extremos pode levar o animal à morte.

Queimaduras

Os gatos adoram colocar-se em locais quentes, para se aquecerem, compensando o frio que está no exterior, e muitas vezes acabam por se queimar, por exemplo em lareiras ou aquecedores.

Ainda que o gato queira sentir-se quente deve evitar que esteja demasiado perto de aquecedores e lareiras, para evitar queimaduras e diferenças de temperatura.

As queimaduras podem ser graves e devem ser tratadas pelo médico veterinário.

Dermatite

Especialmente gatos de pelo comprido que têm acesso ao exterior ou tomam banhos frequentes podem desenvolver dermatites, devido à humidade que se forma entre a pele e o pelo, uma vez que um ambiente quente e húmido é propicio ao desenvolvimento de fungos e bactérias.

Gatos com dermatite podem apresentar feridas, que muitas vezes passam desapercebidas devido ao pelo comprido que as esconde. Podem apresentar prurido (comichão), vermelhidão da pele, secreção, mau odor e dor no local.

O ideal é evitar dar banho em alturas de frio, e caso o faça deve garantir que o deixa bem seco. Evitar que o gato tenha acesso exterior com chuva também é uma medida para prevenir o aparecimento de dermatites.

A higiene do seu gato é importante, e deve escová-lo com frequência e limpá-lo com toalhitas ou champôs secos, desta forma, também verifica se o animal apresenta algum sinal camuflado por debaixo do pelo.

Artrose

A artrose é um problema degenerativo articular, ou seja, que afeta as articulações, comum às pessoas, cães e gatos. Geralmente, a artrose carateriza-se por um desgaste da articulação devido à idade, pelo que é comum que ocorra em animais mais velhos.

A artrose é uma doença que pode estar presente durante todo o ano, no entanto os sinais clínicos podem acentuar-se durante o tempo mais frio. Os sinais mais comuns são dor, claudicação (mancar), os gatos mostram-se relutantes em andar e em saltar. Em casos mais graves podem levar a que o animal deixe de comer e emagreça.

O diagnóstico desta patologia é realizado através de radiografias. Por ser uma doença degenerativa não tem tratamento, no entanto os sintomas podem ser atenuados com medicamentos protetores articulares e anti-inflamatórios.

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