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Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC) – Alzheimer Canino

O aumento da longevidade dos cães observado nas últimas décadas fez com que algumas doenças típicas de animais idosos se tornassem mais prevalentes na medicina veterinária.

A exemplo do que acontece em nós, humanos, problemas como diabetes, insuficiência cardíaca e insuficiência renal são cada vez mais frequentes nos velhinhos de quatro patas. Mas e o Alzheimer, que tanto nos preocupa em função do envelhecimento da população? Será que algo similar existe no mundo animal?

Pois saiba que cachorros podem sofrer com uma condição chamada Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC), popularmente conhecida como Alzheimer canino. Estudos recentes mostram que a incidência vem aumentando, e sabemos que o envelhecimento constitui fator determinante para o aparecimento e progressão da doença.

Hospital Veterinário São Pedro Alzheimer em cães1

Uma pesquisa com 189 cães demonstrou há pouco que 28% dos animais entre 11 e 12 anos de idade apresentavam algum sinal da síndrome. Entre os cães com idades entre 15 e 16 anos o número de acometidos saltou para 68%!

E como reconhecer essa doença? Como identificar seus sinais? No mundo animal, de fato, fica mais complicado detectar alterações já que nossos amigos não se expressam falando. No entanto, os donos de cães idosos podem ficar alertas para indícios importantes de mudança comportamental, como urinar ou defecar em locais não habituais, portar-se de maneira não usual ao interagir com outros bichos ou pessoas, tornar-se muito agressivo ou, por outro lado, apático.

A qualidade do sono também pode ser afetada e o animal não raro apresenta períodos mais prolongados de vigília ou sono. A desorientação espacial, por sua vez, costuma vir acompanhada de dificuldade para percorrer rotas conhecidas, distinguir a saída da casa ou prever a hora da alimentação. Perda auditiva, redução da acuidade visual, olhar fixo e diminuição da resposta a comandos aprendidos são outros sinais de alteração neurológica correlacionados à síndrome.

Hovet São Pedro – Especiliadidades Geriatria. Agendamento: (11) 2345 5860 / 2345 7171

Tratamento do Alzheimer Canino

A atenção veterinária é imprescindível, o médico irá realizar uma exploração comportamental e física completa que permita verificar o diagnóstico da demência senil (Alzheimer) ou síndrome de disfunção cognitiva.

No caso de se confirmar o diagnóstico devemos esclarecer que o Alzheimer não tem cura, mas é possível paliar a sua sintomatologia para melhorar a qualidade de vida do cachorro idoso.

Como veremos mais à frente, o proprietário tem muito a dizer sobre o tratamento do Alzheimer,, uma vez que o uso de fármacos está reservado para aqueles casos em que a degeneração não seja grave, caso contrário, a resposta ao tratamento farmacológico pode ser praticamente nula.

Caso o veterinário decida prescrever um tratamento farmacológico, geralmente recorre aos seguintes fármacos:

  • IMAO (Inibidores da Monoamina Oxidase): Este grupo de fármacos, ao inibir esta enzima, reduz a ação de radicais livres, o que exerce uma função neuroprotetora.
  • Ginko Biloba: É o tratamento mais natural uma vez que se trata de um extrato vegetal que melhora a irrigação sanguínea ao cérebro e com eles as funções de cognição.
  • Nicergolina: Este principio ativo aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro e diminui a libertação de radicais livres, o que também exerce um efeito neuroprotetor.
Acompanhar o cão com demência senil

Se é o proprietário de um cachorro idoso que sofre de demência senil, longe de ficar frustrado, deve saber que você pode fazer muito para melhorar a qualidade de vida do seu pet:

  • A estimulação do sentido do tato é de vital importância, acaricie o seu cachorro sempre que puder, sempre que não interrompa o seu descanso.
  • A estimulação do paladar também é importante, não há nada melhor para alimentar um cachorro com demência senil que a comida caseira, saborosa e cheirosa.
  • O cão senil percebe o seu meio envolvente como algo ameaçador e gera ansiedade diante dos obstáculos que não consegue ultrapassar. Procure que o seu meio envolvente não tenha barreira que dificultem a sua mobilidade.
  • Respeite o cicl de sono do seu cachorro. Se deambula à noite, tente proporcionar-lhe um meio envolvente seguro para que o possa fazer em segurança.
  • Ame-o como nunca o fez, e sobretudo, nunca recrimine o seu comportamento.

Fontes: Saúde- Editora Abril e Perito Animal

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