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Cão idoso: Cuidados e dicas importantes!

O envelhecimento não é um processo patológico, mas sim um processo natural e progressivo dos estágios da vida, desde a concepção até o desenvolvimento, maturação e a senescência de cada indivíduo.

Contudo, o envelhecimento muda a qualidade de vida do animal de estimação e do tutor, e isso precisa ter aplicação prática na rotina veterinária, tanto na medicina preventiva, como alertando os tutores sobre o processo, pois precisamos avançar além dos motivos porque o corpo envelhece e chegar ao que acontece quando as coisas desmoronam na vida dos nossos pacientes e suas famílias.

A partir de quando um cão é considerado idoso?

As raças de cachorro são muito diferentes umas das outras. No mundo canino, por exemplo, podemos encontrar exemplares que atingem desde pouquíssimos gramas até mais de 80 kg na idade adulta. Isso, é claro, mostra que cada um dos cães tem características e necessidades muito diversas.

Sendo assim, a expectativa de vida de cada cão varia bastante. Há, ainda, um desafio muito maior: o de determinar qual é o tempo médio de vida de um cão sem raça definida, que tem material genético de várias raças diferentes em seu organismo.

No entanto, de modo geral, é possível estabelecer algumas relações entre o porte do animal e o momento em que ele pode começar a ser considerado um cão senil. Raças grandes e gigantes envelhecem mais cedo (em torno dos 7 anos), enquanto que cães menores tendem a ser idosos quando atingem 10 anos em média.

Alguns sinais da velhice nos cães são idênticos aos dos humanos, outros no entanto demandam um olhar um pouco mais observador por parte do tutor.

Confira, a seguir, algumas dicas para identificar que o seu amigo está se tornando um idoso:

• Redução do ritmo de brincadeiras;
• Aumento do tempo de sono;
• Apetite mais seletivo;
• Episódios de confusão;
• Dificuldade para enxergar ou ouvir;
• Aumento ou diminuição do peso;
• Dificuldade para se locomover;
• Aumento da dependência e carência do animal.
• Surgimento de pelos grisalhos por todo o corpo;
• Maior sensibilidade ao frio e ao calor;

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Quais são os cuidados com cachorro idoso que devemos ter?

Mudanças na alimentação

Uma das primeiras dicas para cuidar bem de um cão idoso é adaptar a alimentação desse pet. Seja com uma ração específica para cachorros na fase sênior, seja com a introdução de uma dieta natural (sempre com o acompanhamento de um veterinário nutrólogo), é importante atentar às necessidades nutricionais do animal nessa fase da vida.

Adaptação do ambiente

Outra dica muito importante diz respeito à adaptação do ambiente em que esse cão vive. É bastante comum que alterações relacionadas à mobilidade e à visão ocorram, por exemplo. Assim, é fundamental que o habitat desse cãozinho esteja adaptado ao que ele realmente necessita para a sua qualidade de vida. Estratégias como adaptar a altura dos comedouros, utilizar tapetes antiderrapantes, rampas de acesso e evitar mudar objetos de lugar, podem auxiliar bastante o animal idosinho.

Respeito ao ritmo do animal

A chegada da terceira idade tende a diminuir bastante o ritmo do pet. Brincadeiras, passeios e atividades que antes faziam a cabeça de seu grande amigo podem, hoje, ser deixadas para segundo plano por ele. Respeite essas mudanças e tente adequá-las ao nível de energia do cãozinho.

Carinho e paciência

Além do respeito, o carinho e a paciência são essenciais nessa nova etapa da vida de seu amigo. Momentos de confusão (incluindo fazer as necessidades em lugares errados) são bastante comuns entre os pets de idade mais avançada. Não brigue com ele e demonstre apoio, ainda que sem perder a firmeza.


Idas mais frequentes ao veterinário

Outra consequência da chegada da terceira idade nos cães é a necessidade de idas mais frequentes ao veterinário. Agora, o seu amigo precisa visitar o consultório a cada 6 meses ou, até mesmo, antes, caso o profissional recomende. Isso garantirá que doenças possam ser diagnosticadas precocemente e devidamente tratadas com mais eficiência.

Cuidados paliativos

Por fim, um ponto fundamental para a qualidade de vida de cães idosos está nos cuidados paliativos. Aqui, algumas terapias, como a fisioterapia ou a acupuntura tornam-se essenciais para que o pet possa ter uma velhice realmente confortável e com qualidade. Lembre-se de que essas estratégias não são utilizadas apenas para tratar alterações, mas também para preveni-las.

Como podemos ver, há diversos cuidados com cachorro idoso que podem melhorar muito a qualidade de vida de nossos companheiros nessa fase. Para isso, no entanto, é fundamental que toda a família se comprometa e esteja disposta a oferecer o carinho necessário para o animal nesse período!

Não deixe de realizar os exames preventivos no seu amiguinho, o Hovet São Pedro está sempre de portas abertas, agende conosco uma consulta!

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